Caboclo Cachoeira

Caboclo da Cachoeira, sisudo, rosto vincado, corpo esguio, falando pouco, é o legitimo representante da linha de Xangô.


Seu senso de justiça é dominante.


Cumpre todo ritual da Umbanda rigorosamente e é capaz de subir durante a gira se não lhe dispensarem respeito.


É intransigente e embora aparente mau humor, tem um oração imenso e é capaz de emocionar-se pela tristeza dos seus filhos.


Certa vez uma pessoa sentou-se à sua frente. Sem nada perguntar, o Caboclo da Cachoeira foi contando sua vida:


Eu era revoltado e não gostava dos meus semelhantes. Saí da tribo e fui viver sozinho. Minha casa ficava à margem de um bonito rio. A solidão foi minha companheira. Meus pensamentos giravam só pelas coisas que tinha deixado para trás. Meu amargo coração aumentava cada vez mais a mágoa que carregava. Descobri que ninguém pode viver sozinho. Quem se isola não consegue colher bons pensamentos.


Aí parou. Olhou fixamente para o rapaz à sua frente e perguntou-lhe o que queria. “Nada meu pai. Na verdade vinha lhe contar que ia sair da casa dos meus pais para viver sozinho…”


O Caboclo da Cachoeira representa a austeridade e a justiça.


Pontos Cantados

A mata virgen escureceu,

veio o luar e clareou foi quando ouvi a linda voz do senhor

cachoeirinha è quem chegou bis mas elè è rei, elè è rei, elè è rei

ele è um rei na mata virgen elè è rei bis.

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Dani Machado

Umbandista, espiritualista e simpatizante da Ufologia. Médium atuante e Dirigente da CAE Vovó Catarina e Caboclo Ventania - Terreiro de Umbanda situado em Jacareí - SP