CAE – Vovó Catarina e Caboclo Ventania

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Jd. Sta Maria – Jacareí
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Horário Comercial
Segundas | Quartas
Das 18:30h às 22h

Características Básicas dos Orixás

Oxossi

Oxossi é representado pela energia que irradia das matas, tendo absorvido do Candomblé também o Orixá Ossanha ou Ossãe (Orixá das folhas), representado na Umbanda pela linha da Jurema.

Oxossi é o Orixá da saúde, da cura através das ervas e da irradiação de sua
força. A sua cor é o verde (todos os tons que variarão de acordo com a
origem do Caboclo). O dia da semana dedicado a Oxossi é a quinta-feira, por
ter sido associado a ele o planeta Júpiter, que rege a quinta-feira, e é o
planeta da expansão. O seu elemento é terra. Por que é de onde brotam os vegetais de Oxossi.

É o Orixá da vitalidade, da energia vital (ligada à saúde), farmacopéia,
nutrição. É o caçador do Axé (força). Representado na Umbanda pelos Caboclos e Caboclas que se desdobram em várias sublinhas conforme o outro Orixá que estará trabalhando conjugado.

Exemplo, a linha de Caboclos que trabalham com as águas, ou seja, resultado
da conjugação de Oxossi com Oxum ou com Iemanjá, mas são Caboclos de Oxossi trabalhando em harmonia com as águas: Cabocla Yara, Cabocla Jupyra, Caboclo da Cachoeira, Caboclo do Mar, etc. Valendo lembrar que poderão também apresentar-se em gira de terreiro tanto na hora da invocação a Oxossi quanto na hora de Oxum ou Iemanjá.

Outro exemplo é a linha de Caboclo Bugre e a de Caboclos Flecheiros que são
Caboclos de Oxossi trabalhando em harmonia com Omulu, em níveis de conjugação diferentes.

A Orixá de equilíbrio de Oxossi é Oxum, pois é através das águas da Oxum que
os vegetais de Oxossi podem germinar e crescer.

Características básicas dos regidos por Oxossi: são pessoas meio fechadas,
que gostam de viver no seu próprio meio ou grupo, pois é onde realmente se
sentem à vontade. Gostam de contemplar a natureza. Geralmente são pessoas
desconfiadas, mas que quando confiam são amigos fiéis.

Ogum

Orixá da energia, ligada à atitude, perseverança, persistência, tenacidade,
renascimento (no sentido de capacidade de se reerguer).

Orixá vencedor de demanda. Ogum é a energia da luta pela sobrevivência, e
não apenas nas situações de conquista.

Em que isto está associado à força da natureza? Dando um exemplo: a força
que um vegetal faz para nascer, romper a terra e brotar e crescer, a esta
força damos o nome de Ogum. A força do coração batendo, e pulsando o sangue pelo nosso corpo. São forças que naturalmente se processam.
Atuando essa força nos diferentes reinos da natureza encontramos os
desdobramentos de Ogum.

Orixá sem reino específico, mas que atua na defesa e revitalização de todos
os reinos em função da sua especialidade. A Energia de Ogum está em todos os lugares. O dia na semana dedicado a Ogum é a terça-feira por ter sido associado a ele o planeta Marte, que rege a terça-feira e é o planeta da energia de ação.
A sua cor básica é a vermelha, e o seu elemento é o fogo.

O Orixá de equilíbrio de Ogum é Iemanjá, porque Iemanjá é a acomodação, a
tranqüilidade e Ogum a tenacidade e a luta.

Na Umbanda usamos o termo desdobramento para caracterizar a fusão de dois ou mais Orixás num determinado momento de manifestação das forças da natureza, sem que se perca o vínculo com o Orixá que primeiro originou esse
desdobramento. Significa harmonização de forças e não antagonismo ou
separatismo. As palavras chaves para Marte são energia de ação.

O “guerreiro” sai para enfrentar as tarefas da vida com valentia, coragem e
decisão. A energia de Marte dá impulso. É a resposta ao estímulo. Sem Marte
não seria possível a sobrevivência. E, por isso, também é sexo. Mas como
sexo, não pode agir sozinho. Precisa de Vênus. Um é iniciativa, outro é
gostar; É Marte que obriga as pessoas a competirem, eliminando o mais fraco: duas pessoas não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo.

Desdobramentos de Ogum, ou seja, a energia de luta, de conquista, de
vitória, de sobrevivência, vibrando ou cruzando em harmonia com os demais
Orixás. Do cruzamento vibratório de Ogum com os demais Orixás “nascem” ou
“surgem” os seguintes Chefes de Linha:

Ogum Megê -Trabalha em harmonia com Omulu, na entrada da calunga pequena (cemitério), e também em todo trabalho que envolva a energia da terra (Omulu) e combate a baixa magia. Está presente nos assuntos atinentes a
desmanche de magia.

Ogum Rompe Mato -Trabalha em harmonia absoluta com Oxossi, na entrada da
Mata. Este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos pertinentes a
coisas de solução rápida, revigorantes e de conquistas de espaço de maneira
geral.

Ogum Beira-mar -Trabalha na orla marítima em harmonia com Iansã e Iemanjá. Este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos atinentes a conquista material e de fortuna.

Ogum Iara -Trabalha na cachoeira em harmonia com Oxum. Este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos atinentes a conquistas diplomáticas.

Ogum de Lei -Trabalha com as Almas em harmonia com Omulu, Oxum, Ogum Iara e principalmente Xangô. Este desdobramento de Ogum está presente nos
assuntos atinentes a execução de justiça.

Características básicas dos regidos por Ogum: geralmente são pessoas
persistentes, determinados, perseverantes, que têm “temperamento forte”, não
desistem facilmente de nada que tenham se determinado a fazer ou a
conquistar. Geralmente são pessoas determinadas e batalhadoras.


Xangô

Orixá da justiça, do discernimento, do conhecimento, do estudo de maneira
geral, do método, do equilíbrio de forças ligadas a questões de Justiça e
questões burocráticas. Orixá da paz e da religião.

O dia da semana dedicado a Xangô é a quarta-feira, por ter sido associado ao
planeta Mercúrio, que rege a quarta-feira e é o planeta da energia mental.
Os seus elementos são o ar e a terra, seu reino a pedreira e a força da
natureza que o representa é o trovão.

Suas cores são o marrom, a cinza (as cores das pedreiras) e ainda o roxo (a
cor que o Orixá vibra e irradia, denotando assim grande equilíbrio e sentido
de religiosidade).

A Orixá de equilíbrio, ou Orixá par ou ainda complementar, é Iansã; porque
enquanto Xangô é o método, Iansã é o pensamento rápido, a flexibilidade.

Existem inúmeros desdobramentos de Xangô, mas não estão relacionadas
somente as combinações de outras forças, mas ao equilíbrio das mesmas
(poderíamos ousar afirmar que esta seria a principal função deste Orixá em
nível de natureza), assim temos: (citarei alguns desdobramentos de Xangô)

Xangô Djacutá – regência geral da linha de Xangô. Grosso modo seria a
própria pedreira. Harmonia com Oxossi.

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Xangô Alafim-Eché – A especialidade dos seus enviados reside em auxiliar
oradores intelectuais. Este desdobramento consiste na atuação junto à
necessidade de fazer cessar as tempestades (atuando como energia refreadora)
atuando em harmonia com Iansã.

Xangô Alufam – Encaminhador das almas desencarnadas, atuando juntamente
com Omulu na justiça e organização dessa atividade.

Xangô Agodô – Preside as cerimônias de fé e de batismo. Grande auxiliar
das intuições puras, atuando harmoniosamente com Oxum.

Xangô Aganju – Protetor dos lares e da harmonia conjugal atuando
harmoniosamente com Iemanjá.

Xangô Abomi – Esse desdobramento atua principalmente no equilíbrio de
raciocínio e método. Evocado com grande êxito nas horas de grande aflição.
Atuando em harmonia com Ogum.
Importante ressaltar que as definições ou descrições dos diferentes
desdobramentos de Xangô, assim como com os dos demais desdobramentos de cada
Orixá, são apresentadas muito mais com objetivos didáticos do que
litúrgicos, pois a essência de cada Orixá permanece sempre a mesma, em todos
os seus desdobramentos e momentos de atuação.

Características básicas dos regidos por Xangô: pensamento rígido e metódico.
Têm grande senso de justiça, são pessoas equilibradas, contidas e reservadas
e têm facilidade no estudo, e de concentração.

Omulu

Um dos Orixás mais mal entendido, compreendido e interpretado dentro da
Umbanda, chegando ao ponto de haver sido simplesmente excluído por alguns
autores de livros sobre Umbanda. O Orixá Omulu.

Existe grande confusão com relação à magnitude deste Orixá aonde alguns
chegam a confundi-lo com Exu. Isto se deve a capacidade de manipulação
magística e transformadora de Omulu, da qual Exu é apenas executor.

Se nenhum outro Orixá existisse, o Orixá Omulu (terra) existiria e o tipo de
vida que encontraríamos qual seria? Com isso quero dizer que nenhum Orixá é
“auto-suficiente” ou se basta, mas as suas combinações e dinamismo é que nos
permitem conhecer a vida como a conhecemos.

Sendo a própria terra, onde caminhamos e nos sustentamos, e sendo a terra
geradora permanente de vida, encontramos nela a primeira grande magia de
Omulu, que é a famosa força da gravidade, que atrai tudo para si, assim como
também, as diversas forças dos demais Orixás formando novas conjugações.

Os desdobramentos do Orixá Omulu se dão dentro dele mesmo. Observando-se a natureza, vemos isso nos diferentes tipos de solo, que gerarão diferentes
combinações de Enviados de Orixás em função disto. Um dos desdobramentos
mais conhecidos de Omulu é o Orixá Obaluaê são os famosos e queridos Pretos
Velhos.

Por seu tipo de energia atrair tudo para si, sugar as energias negativas
transformando-as em positivas, transmutando e transformando tudo que nela
(terra) toca e entra, Ele não “vai” a outros Orixás, mas os outros é que
“vem” a Ele.

Sendo o Orixá que permanece no limite entre vida e morte, também foi
associado à saúde e doença.

Dentro de uma coerência e lógica, você acha realmente que Deus teria enviado
um raio a terra cuja função fosse nos trazer doenças?

A sua associação a saúde está justamente em função de ser da terra que
brotam as ervas curadoras, mas estas são de Oxossi. Bênçãos de Omulu, sem
dúvida, mas pertencem a Oxossi, este sim o Orixá da Cura, da Saúde.
Por outro lado a função de Omulu junto à área da saúde também se justifica
pelo fato de ser ele o absorvedor e transformador de todas as energias
negativas geradas e atraídas por qualquer doença em energia curadora,
utilizada e manipulada por Oxossi.

Ele é o Senhor da Terra, Mestre da Magia. Energia emanada por Zambi, O
Criador para destruir os malefícios gerados pelas doenças ou por qualquer
tipo de magia ou enfeitiçamento.

É Orixá de transformação energética mágica, de toda energia produzida de
forma natural ou artificial, ou seja, transformador da energia natural e da
artificial que é a fabricada através das oferendas. Ele transforma tudo e
descarrega para a terra, que transforma e transmuta em energia positiva
devolvendo para o astral de forma limpa.

É o único Orixá que trabalha em todas as sessões (giras) mesmo que não tenha
sido evocado. Por exemplo, Oxossi descarrega até certo nível, a partir daí o
Senhor da Terra entra em ação, mesmo que não tenha sido invocado. O que
reforça a importância da necessidade de nos harmonizarmos com todos os
Orixás, pois eles trabalham, atuam e interagem em absoluta e total harmonia
o tempo todo.

Orixá da transição para a vida astral. Senhor dos segredos da vida e da
morte. Mestre das Almas. Em função de sua característica básica nos trazer a consciência carniça, e ser o Orixá do tempo e da lentidão, o Orixá Omulu foi associado ao planeta Saturno, que rege o sábado, e por extensão é o dia em que cultuamos Omulu na Umbanda.

A palavra chave para o planeta Saturno é concretização.
Por ter como elemento a terra e ponto de fixação o Cemitério (Calunga
pequena), infelizmente é confundido por muitos com Exu, entretanto trata-se
de Orixá de grande luz o qual devemos respeitar profundamente como a todos
os outros Orixás. Se Exu é o grande manipulador das forças de magia, o
Senhor Omulu é o Mestre.

As suas cores são o preto e o branco em proporções iguais.

Quando desencarnamos tem sempre um enviado de Omulu ao nosso lado, pois este Orixá está intimamente ligado ao Karma, lembrando-nos sempre que não adianta ficar rezando e pedindo perdão, mas que temos que agir efetivamente para resgatarmos o nosso karma e a forma de fazermos isso é praticando a
Caridade.

É o Orixá que nos dá a consciência de karma.

Omulu não tem Orixá de equilíbrio ou Orixá par ou complementar. Ele já tem
seu próprio equilíbrio. Ele é a terra, a base de tudo. É o Orixá da
sustentação e da origem. Ele é o Orixá da terra que entendo como sendo
permanente fonte geradora de vida.

Características básicas dos regidos por Omulu: são geralmente pessoas
fechadas, que passam por grandes transformações na vida, normalmente ligadas a perdas. São protegidos contra qualquer tipo de magia, principalmente se executam um trabalho de caridade e se estão preocupadas com resgate kármico.

A mediunidade é aguçada desde muito jovem. Geralmente possuem uma espécie de necessidade quase que visceral de praticar a caridade.

Oxum

Orixá do sentimento, da harmonia, da concórdia e do equilíbrio emocional.
Tem como reino as cachoeiras e rios. Suas enviadas são chamadas de “Senhora
das águas doces”. Orixá que protege a criança ainda no ventre materno.
Seu astro regente é a Lua, e é o astro da emoção.

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Em função dos caminhos que as águas doces percorrem, encontramos os
seguintes desdobramentos desta Iabá (Orixá feminino) na Umbanda.

Oxum Iara (ou simplesmente Oxum) – Rege as cachoeiras e rios. É a essência
da Oxum. Sentimento, amor, concórdia, harmonia e união. Suas águas passam no meio do reino de Omulu (terra), formando assim os rios, por isso ela
“carrega” as Almas.

Oxum Marê -Rege o encontro das águas do rio com o mar. São as águas
turbulentas. Em termos de significado e tradução para as nossas vidas, é o
encontro do passado com o presente, de uma essência com a outra. Provocando a revisão de sentimentos (Oxum), turbulência de sentimentos (choque das duas águas), relacionados a nossa formação familiar (Iemanjá – mar). Trabalha em harmonia com Iemanjá.

Oxum Diapandá -Rege a superfície das águas salgadas, trabalha em harmonia
com Iemanjá. Na sua compreensão de atuação junto a nós é quando após a
revolução de sentimentos (Oxum Marê), nos acomodamos na placidez das águas superficiais, sem grande envolvimento de sentimentos profundos, entretanto mais voltados aos sentimentos e aspirações materiais.

Considerada popularmente como sendo somente a Orixá do amor, é na realidade a Orixá do misticismo, do sentimento, da concórdia e harmonia.

Muitos cultuam o Orixá Omulu na segunda-feira em função das Almas, mas
lembramos que as águas da Oxum correm onde? Na terra. Que é de quem? Omulu.

Com relação a isto, muitos já devem ter observado certa sensação
melancólica, não chega a ser tristeza, mas uma “emoção”, muitas vezes
indescritível, conjugada com a vibração de incorporação de Oxum. Algumas
enviadas choram ou vertem água dos seus olhos. Isto tudo se deve ao fato das
águas correrem pela terra de Omulu, “carregando” com elas as Almas, das
quais Omulu é o Mestre e Senhor, mas que em contato (conjugação) com Oxum, traduz em nível de terreiro e incorporação, esta “melancolia” que às vezes sentimos.


Por isso as Almas vibram em segunda vibração na segunda-feira dia de
regência da Oxum.

Características dos regidos por Oxum: geralmente são pessoas dóceis,
sensíveis e místicas. Costumam ser também muito emotivas, envolvendo-se e
preocupando-se com os outros, ás vezes, esquecendo-se até de si mesmas.

Iemanjá

Orixá dos mares e oceanos. Senhora das águas salgadas. Orixá dos bens
materiais; grande provedora e mãe. Senhora da Calunga Maior (mar), portanto
grande absorvedora de energias negativas.

Analisando a Orixá Iemanjá e nos reportando ao seu reino o mar, associamos
sempre que quem mora perto do mar, nunca morre de fome.

Por isso ela é a grande provedora dos bens materiais, a grande mãe, que nos
dá o conforto, o alimento, além de ser representada pelo maior de todos os
reinos, o mar. Soberania.

Traduz a sua vibração em paz e harmonia. Protetora da família e dos laços
familiares (nosso maior bem material).

Desdobramentos de Iemanjá:

Iemanjá Sobá – soberana das águas salgadas.

Iemanjá da Guia – trabalha em harmonia com Oxum, assumindo algumas das
suas características.

Iemanjá da Coroa – trabalha em harmonia com Iemanjá Sobá.

As suas cores são o branco transparente (Iemanjá Sobá ou Iemanjá da Coroa)
ou o azul céu (Iemanjá da Guia).

Vênus é seu planeta regente, é o planeta da sensualidade e suavidade.

Lembrando que na África Iemanjá era Orixá dos Rios.

Características dos regidos por Iemanjá: envolvem-se com dinheiro facilmente
(tanto para gastar como para ganhar, quando não tem nenhum, nem de onde
tirar, aparece). Geralmente não aparentam a idade que têm (parecem mais
novos), têm “espírito maternal” e gostam do poder (Ogum “manda” e Iemanjá
“seduz”). Normalmente, são vaidosos com a aparência pessoal. Geralmente tem
grande preocupação em manter a família unida.

Iansã

Orixá dos ventos, raios e tempestades. Responsável pelas transformações,
mudanças e mutações ligadas a coisas materiais, enquanto que Omulu é ligado
às transformações espirituais e kármicas.

Orixá da fluidez de raciocínio, fluência verbal e tecnologia. Grande
guerreira.

É a única Orixá que não se desdobra, pois o Ar não se desdobra, além da
função de sua rapidez, toda a sua manifestação em combinação com qualquer
outro Orixá se dá momentaneamente, não chegando a “criar” um desdobramento, que se manifeste em nível de terra ou terreiro.
Seu dia da semana é quarta-feira, porque o Planeta Mercúrio (planeta do
intelecto) rege este dia. Sua cor é o amarelo. Tem por elementos o ar, o fogo e a água.

Características dos regidos por Iansã: geralmente são pessoas que pensam
muito rápido e em várias coisas ao mesmo tempo, alteram de humor com
facilidade, têm “jogo de cintura”, são flexíveis, têm facilidade de falar e
de se comunicar. São pessoas com tendências ao perfeccionismo e apaixonadas pelas causas que se envolvem.

Por fim, analisando a Orixá Iansã, reportemo-nos a seu elemento primeiro o
ar, presente em todos os reinos, conjugando-se a todos os Orixás, mas não
estabelecendo nenhum desdobramento específico, pois sempre que atua é em
nível de mudança, transformação, como energia propulsora e renovadora.

Em nível de manifestação em terra esta Orixá está diretamente relacionada ao
intelecto, tal como Xangô, mas de forma distinta, pois Xangô é de energia
refreadora.

Em termos práticos, Xangô coloca o método no pensamento de Iansã.
Conseqüentemente, esta Iabá está diretamente ligada aos avanços
tecnológicos, e não apenas as mudanças climáticas.

Lembramos mais uma vez que todos os Orixás trabalham em harmonia,
conjugando-se, portanto eles vibram em todos os dias da semana. Tudo que foi
exposto tem objetivo apenas didático e visando dar melhor compreensão e
apoio, nos momentos preceituais e de meditação. Meditar em cima do que
compreendemos e sabemos o porquê, facilita em muito o alcance de nossos
objetivos. Lembro ainda que a coerência e o sentimento elevado devem ser seu mestre e guia.

O que podemos compreender de tudo exposto é que os Orixás (ou a energia dos Orixás), depois de atravessarem os diversos planos e sub-planos e chegarem até nós, apresentam infinitas formas de auxilio, através de suas combinações e desdobramentos, apresentando-se nos terreiros de diversas formas, configurações e nomes.

Dani Machado

Umbandista, espiritualista e simpatizante da Ufologia. Médium atuante e Dirigente da CAE Vovó Catarina e Caboclo Ventania - Terreiro de Umbanda situado em Jacareí - SP