Que me perdoem as Mães de Santo, os Pais de Santo. A minha intenção é somente compartilhar minha opinião em relação aos títulos, sem desmerecer qualquer posição.
A mediunidade conheci um pouco tarde em relação aos jovens adolescentes que vejo frequentando os terreiros e Centros de Mesa Branca sejam acompanhados por seus pais ou levados por amigos que descobrem seus dons e acabam por compartilhá-los com colegas instigando-lhes a curiosidade sobre o desconhecido.
A Curiosidade me fez ir além.
Não me contive apenas em desenvolver a mediunidade de incorporação uma vez que já havia despertado em mim outros tipos de mediunidade (sem que eu soubesse, claro). Algo novo despertou dentro de mim modificando meu modo de enxergar o mundo, as pessoas, aceitar outras possibilidades em vez de forçar a aceitação de minhas idéias. Estava então, iniciando o meu processo de REFORMA ÍNTIMA.
O desenvolvimento da mediunidade de incorporação durou apenas alguns meses e passei então, a prestar atendimento como médium de atendimento.
Foi aí que outros guias passaram e me perguntar quando eu finalmente iria tomar a posição a que me era devida.
O primeiro passo foi dados por meus guias “me tirando do terreiro” onde havia desenvolvido.
O Segundo passo foi o de dobrar o volume de estudos da Umbanda e do Espiritismo.
O Terceiro consistiu em visitar outras casas, indicadas por meus guias.
Em várias delas fui colocada em lugar de honra (sem saber o que estava acontecendo) até que uma preta-velha mandou me chamar assim que coloquei os pés em sua casa e me disse:
“Fia, vossuncê veio sabe o porque das mudanças, e porque tudo é tão rápido pra vós? É porque fia tem missão diferente, a fia é Mãe”.
Naquele instante levei um choque de 220 W, pois sem que me conhecesse ela foi me respondendo sobre todas as minhas perguntas a respeito da minha mediunidade e os meus “porquês”
Acho que estou no início de uma nova jornada espiritual. Mas não como mãe.
Por enquanto só sei ser mãe dos meus filhos. Posso no máximo ser dirigente de uma Casa.
Se cuidar de um filho na carne já é complicado, imagine um filho Santo. Não tenho essa pretensão. Não gosto de ser chamada de Mãe de Santo. Não gosto de brincadeiras nesse sentido. Não sou diferente de ninguém, pois tenho meus conflitos, meus defeitos, cometo meus pecados e então porque me engrandecer com um título tão nobre? Tudo é novo, tudo é mágico, mas principalmente é de uma responsabilidade que não sei se estou preparada pra assumir.
Sendo assim, vou seguindo sendo eu mesma. Um grão de poeira cósmica nesse imenso Universo, mas com bastante amor para doar, um pouco para ensinar (pois aprendo novas coisas todos os dias) e quem sabe ser portadora de bons exemplos aos que como eu hoje buscam repostas e conforto nas palavras do Mestre Jesus.