Não, você não deve incorporar em qualquer lugar. Para isso existem os Centros, as Tendas. O Desenvolvimento mediúnico. É preciso entender que antes, precisamos aprender, precisamos ser doutrinados.
Mas e se uma pessoa tem que trabalhar e se a mesma não entrar para o Centro, ela pode receber algum guia na rua, no trabalho ou em qualquer lugar?
Receber pode. Como dizemos, sua cabeça seu guia. Se der a cabeça, se entrar num determinado nível vibracional, isso pode acontecer sim, mas entenda bem, é muito Importante: Um guia, protetor ou entidade de luz não irá jamais expor uma pessoa ao ridículo ou a situações constrangedoras incorporando em lugares públicos.
O fato é que a pessoa sendo médium e não desenvolvendo a mediunidade não faz com que deixe de ser médium.
O que ocorre é que a sua mediunidade ficará “embrutecida” e desamparada expondo-a a ação de espíritos trevosos, que, esses sim, podem se manifestar em lugares públicos expondo a pessoa a situações embaraçosas.
Importante ressaltar é que ser médium é uma oportunidade que recebemos de Zambi (Deus) para expurgar parte de nosso carma. Negar ou fugir disso não ajuda em nada. O importante é aprender a lidar com isso. E a melhor maneira é desenvolvendo.
A religião Espírita ou a Umbanda deve entrar em nossas vidas para nosso crescimento enquanto pessoas, enquanto espíritos imortais que somos. Nunca deve ser imposta.
Não concordo com fórmulas impostas, entretanto sabemos que existem pessoas e pessoas.
Cada um com seu carma, merecimento, missão e vontade.
O melhor desenvolvimento mediúnico é aquele que desabrocha naturalmente. Não aquele que normalmente vemos em algumas Tendas, onde o Cabeceira grita no ouvido do médium chamando Guia, Gira o médium pra que ele incorpore. Isso não é o desenvolvimento mediúnico correto.
É claro que todo ato nosso tem conseqüências, resta saber se estamos dispostos a arcar com elas.
É óbvio também que se acreditamos que antes de encarnar assumimos alguns compromissos com o objetivo de resgatarmos o nosso karma, e nesses compromissos assumidos estão envolvidas entidades de Umbanda que nos auxiliarão nesse processo, ao nos recusarmos a trabalhar num terreiro de Umbanda, ao nos recusarmos a ouvir os convites feitos pelas nossas entidades para obrarmos o bem, estaremos nos expondo a não cumprirmos com o
prometido.
É claro que existem outras formas de fazermos caridade e incorporar é uma das últimas etapas do processo.
É bem verdade que com o concurso de um terreiro, de uma corrente essa tarefa fica facilitada, já que era isso que estava “combinado”.
Fazer parte de uma corrente facilita a nossa comunhão com Deus e com os espíritos do bem, mas não adiantará de nada o médium estar dentro de uma corrente contrariado.
Como dissemos anteriormente, nossos atos geram conseqüências, resta saber se estamos dispostos a arcar com elas.
Ser umbandista deve ser uma opção e não uma imposição.