No meu curto tempo de Umbanda e longo período no espiritismo, posso dizer que nada conheço acerca das coisas da alma.
Se entender a alma já é bastante complicado, que dirá entender o homem, com todos os seus medos, com todas as suas imperfeições e carências?
Ora, impossível!
Por que, então, não começar por nós mesmos?
Durante as sessões espíritas, seja em carácter de estudo ou desobsessão, os médiuns assim como a assistência – que tem tanta importância quanto aos que se prostram na mesa – se colocam em oração e silêncio afim de se concentrarem para o início do trabalho.
Na maioria dos Centros, ao final, as pessoas se cumprimentam e se põem cada qual para seus lares para a continuidade do trabalho que por muitas vezes é atribuído a esse ou aquele médium durante o repouso.
O que me causou mais estranhesa foi o fato de tratarem a Umbanda como religião espírita. Não o é!
Depois as conversas de alcova tanto na entrada quanto ao término das giras, sempre falando de um ou outro companheiro.
E por final, durante os atendimentos, a cobrança que recebem os guias e médiuns na concretização de seus desejos.
Meus irmãos, amados filhos! Qualquer criança por menor que seja sabe que quando recebe algo de incomum é por merecimento. Permitam aos mentores, guias e protetores que possam trabalhar no que realmente é necessário para o crescimento espiritual, pois é essa a bagagem que levaremos quando de nosso desencarne.
É importante meus caros, refletir que Umbanda não é somente receber seus guias, “dançar” no terreiro, e se “mostrarem” ou comparar as saias. É muito mais que isso.
É importante estudar, conversar com vossos mentores, aprender e aplicar, a fim de que a dívida não aumente.
A mediunidade é a misericórdia do Pai para nós. Aceitem, trabalhem, ajudem, amem, sejam felizes, levem a felicidade, uma palavra de conforto, doem paz, estímulo, carinho. Realizem sonhos, recebam com sorriso, livrem-se da vaidade, façam a caridade!