7 Curiosidades sobre Umbanda

A Umbanda é uma religião espiritualista. Iniciada no Brasil no século 20, mais precisamente em 1908, a partir da manifestação de um Caboclo durante uma sessão mediúnica num centro kardecista. A Umbanda absorveu em seus ritos, parte de outras religiões como o Catolicismo, Espiritismo (Kardecismo), Cultos Africanos (candomblé).

A Umbanda, no entanto, tem outras tantas origens e podemos destacar além a espírita, africana, e católica, também origem indígena, mágica, espiritual e mítica. Os ritos umbandistas possuem elementos do Kardecismo e alguns dos cultos afro-brasileiros, além do catolicismo e tradições indígenas.

A Umbanda é vista, erroneamente, como um culto demonizado. É importante deixar claro que essa crença deve ser entendida como uma religião, que tem como objetivo preencher um contexto filosófico-religioso ao nos referirmos a atenção aos excluídos.

Para Rubens Saraceni, “Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade”.

Para o Caboclo das Sete Encruzilhadas em seu médium Zélio de Moraes (15 de Novembro de 1908), “Umbanda é Amor e Caridade”.

Confira abaixo 7 Curiosidades sobre a Umbanda.

1. Seu iniciador tinha apenas 17 anos

Para se falar sobre a umbanda no Brasil é preciso que se conheça a história de Zélio Fernandino de Moraes, o Pai da Umbanda.

Em uma sessão espírita, na FEN (Federação Espírita de Niterói), em Niterói, então capital do Rio de Janeiro, Zélio fora convidado a participar da sessão, quando um espírito, conhecido como Caboclo das Sete Encruzilhadas fora incorporado por ele. Ao dizer que naquela mesa faltava uma flor, outros participantes começaram a incorporar espíritos que se intitulavam índios e escravos.

Vale lembrar que para o Kardecismo, esses espíritos eram considerados “atrasados” e deveriam ser evitados. Por causa desse preconceito o espírito do Caboclo das Sete Encruzilhadas, também conhecido como O senhor dos caminhos, anuncia que irá fundar uma nova religião, na qual os “excluídos” poderão se manifestar.

Venho trazer a umbanda, uma religião que harmonizará as famílias e há de perdurar até o fim dos tempos

Caboclo das Sete Encruzilhadas

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2. O que são as giras

No idioma Quimbundo Nijra, a Gira ou Jira, é um evento no qual vários espíritos de uma determinada falange se reúnem, manifestando-se através de incorporações em médiuns. Existem três tipos de Gira, as de trabalho, desenvolvimento e as festivas.

3. Qual a importância dos atabaques

Os atabaques ou curimbas são instrumentos sagrados e devem ser guardados com o máximo cuidado e respeito, além de serem cobertos com lençóis próprios. Para os umbandistas existe um toque específico para cada linha, fazendo com que a incorporação seja mais fácil com a vibração correta.

Os tocadores desse instrumento conhecidos como Ogans, Tabaqueiros ou Curimbeiros, precisam ser consagrados para que possam tocar durante as giras.

4. Para que servem as velas

A utilização das velas nos ritos de Umbanda vem de influência católica. No Catolicismo, a vela é um símbolo que representa a santíssima trindade, sendo que o pavio é Jesus, a cera Deus Pai e a chama o Espírito.

Na Umbanda suas cores são determinadas de acordo com a entidade a que querem invocar, oferendar, etc. Cada cor é representada pela cor original do Orixá a que o espírito representa. Para os Exus, normalmente é preta, aos que servem Oxóssi, normalmente utilizam a verde. Amarela aos que tem serventia de Iansã.

5. Quem é Exu

Muitos associam a figura de Exu com a do Demônio, o que não é verdade. Exu é guardião e mensageiro. Os Exus, são trabalhadores da Linha de Esquerda na Umbanda. Exu rege a vitalidade dos seres. Exu é o mais humano dos mistérios de Umbanda, porque reflete em si a natureza emotiva do seu médium, no qual ele se manifesta e incorpora.

Embora aparentemente seja punidor, na verdade ele atua como agente esgotador de negativismos ou criador de estímulos que ativam o emocional humano, induzindo o ser a mover-se em busca do “alto”. É regido pelo mistério “Trono Neutro”, que não é bom nem mau, e responde segundo é invocado. Através do seu fator vitalizador, ele tanto vitaliza como desvitaliza os mistérios dos orixás: amor, conhecimento, religiosidade, geração, equilíbrio, ordem e evolução.

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6. Mediunidade

Para participar de uma gira de umbanda ou desenvolvimento mediúnico num terreiro de Umbanda, há a necessidade de se ter mediunidade de incorporação. Levando-se em conta, que todos somos médiuns, em maior ou menor grau, que todos possuímos algum tipo de mediunidade, tenha ela se manifestado ou não, e mesmo que você ache que não é médium mas queira participar dos ritos de Umbanda, eu lhe digo que você pode. Primeiro por manifestar em si, o Amor e a disposição em ajudar.

Existem diversas funções que se pode exercer dentro de um terreiro, mesmo sem possuir a mediunidade de incorporação. Quando a corrente é formada, somos todos um só, assim como a Umbanda, é o nosso espírito manisfestando a caridade.

7.  Umbanda – Amor, caridade, atenção, acolhimento

A Umbanda, nada cobra. Não há troca de favores ou de mercadorias.
A Umbanda atende a todos, sem distinção de raça, cor, sexualidade, ou conta bancária.
Os trabalhadores da Umbanda devem sempre dispender tempo e atenção aos irmãos da casa e especialmente aos assistidos.
Acolher amorosamente o irmão que chega à sua Tenda é dever de todo Umbandista e assim temos visto por todos os terreiros que conhecemos.

“A Umbanda é paz e amor, é um mundo cheio de Luz…”


Fonte base: Fatos desconhecidos

Adaptação: Só Umbanda

Dani Machado

Umbandista, espiritualista e simpatizante da Ufologia. Médium atuante e Dirigente da CAE Vovó Catarina e Caboclo Ventania - Terreiro de Umbanda situado em Jacareí - SP