A Umbanda e o desenvolvimento mediúnico

Mas não tenho feito essa recomendação só aos que estudaram comigo e que abriram seus centros. Também tenho divulgado essa iniciativa para, no futuro, a Umbanda ter muitos médiuns, todos conscientes dos seus deveres com Deus e com a espiritualidade superior, mas também equilibrados intimamente e felizes por possuírem dons espirituais e poderem colocá-los caritativamente a serviço dos seus semelhantes.

Nos nossos centros os médiuns iniciantes têm um dia de estudos e praticas mediúnicas só para eles e quando já dominam conscientemente suas faculdades, aí são conduzidos ao trabalho de atendimento ao publico cambonando os guias de trabalho, fazendo transportes, descarrego e desobsseções, aprendendo também de forma consciente e racional toda a dinâmica de trabalho da Umbanda.

Com o passar do tempo e após terem auxiliado os guias e aprendido o mínimo indispensável para o exercício de sua mediunidade de incorporação, ficam auxiliando até que seus próprios guias espirituais, incorporados neles comecem a pedir seus colares, confirmarem seus nomes e a solicitarem ao Guia chefe que querem trabalhar no atendimento às pessoas necessitadas.

Em alguns casos é o Guia chefe, que acompanhou todo o desenvolvimento do médium que o avisa de que ele já está pronto e que seus Guias querem trabalhar no atendimento incorporados neles.

Alguns, mais tímidos ou inseguros relutam. Mas quando seus Guias incorporam e passam atender as pessoas ajudando-as, todos se soltam, se descontraem e tornam-se ótimos médiuns umbandistas.

Em todo o período de tempo que passou desenvolvendo- se o médium submeteu-se a uma disciplina intima, a uma doutrinação religiosa e espiritualizadora da sua mediunidade, integrando-se à Umbanda e sentindo-se de fato e de direito um umbandista, orgulhoso de ser médium.

Isso fizeram por mim, isso tenho feito desde que abri meu centro em 1983 e o Guia chefe, devido ao grande número de pessoas na assistência com problemas devido à mediunidade, ordenou que abrisse-mos uma vez por semana só para que ele pudesse assisti-las e desenvolver a mediunidade delas pois não adiantava muito só dar passe nelas, uma vez que eram médiuns e viviam em desequilíbrio constante por causa de suas mediunidades. Só com elas se desenvolvendo recuperariam seus equilíbrios.

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Foi ali que iniciei meu verdadeiro aprendizado sobre mediunidade, pois, junto aos Guias chefes, desde então já desenvolvi milhares de médiuns e muitos hoje dirigem seus centros, também desenvolvendo muitos médiuns novos para a Umbanda, expandindo a nossa religião e beneficiando outras pessoas que, tal como eles, chegam desequilibradas diante dos seus Guias e estes vão logo alertando-as com estas palavras:

“_ filho (a) o seu problema é de mediunidade e só desenvolvendo- a você melhorará!”

Þ    Quantos Guias espirituais, incorporados em seus médiuns já disseram isso a algum consulente?

Todos os Guias de Umbanda já disseram, dizem e sempre dirão isso quando se depararem com pessoas possuidoras do dom da mediunidade de incorporação, e todos têm recomendado a elas que só desenvolvendo- se recuperarão seus equilíbrios.

Isto não sou eu que estou afirmando aqui e sim, todos os Guias espirituais fazem essas recomendações às pessoas com mediunidade.

Þ    Quem dá essa orientação às pessoas?

São os Guias espirituais, respondo eu, e todos os médiuns umbandistas.

Þ    Qual é a base sustentadora da religião?

É a mediunidade de incorporação, respondem os Guias e todos nós, pois sem Guia incorporado e auxiliando as pessoas necessitadas não há trabalho de Umbanda, tal como fez e nos legou o Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, que fundou a Umbanda incorporado no querido e saudoso Pai Zélio de Moraes.

Tirem a incorporação da Umbanda e acabam as giras, os cantos, as danças, os toques a dinâmica, o rito, o ritmo e as sessões de caridade espiritual umbandistas.

Para nós, cada médium é um templo vivo e é através dele que a religião flui, cresce e expande-se, pouco importando para os Guias se o templo físico é grande ou pequeno, se é luxuoso ou humilde, se está superlotado ou se tem só um pequeno número de consulentes.

Dani Machado

Umbandista, espiritualista e simpatizante da Ufologia. Médium atuante e Dirigente da CAE Vovó Catarina e Caboclo Ventania - Terreiro de Umbanda situado em Jacareí - SP