A atuação dos Orixás por Rubens Saraceni

Estes nomes são formados por sílabas e cada uma possui seu tom e sua fonética particular, formando um canto ou mantra.

Eles não procedem como nós, que a todo instante exclamamos: “Valei-me Deus!”, “Ajude-me, meu Pai Ogum!”, etc.

Muito antes de o código hebreu proibir o chamamento em vão do nome de Deus, os nossos irmãos naturais já tinham isto como regra de conduta. E a aplicam aos sagrados orixás, aos quais podem ver o tempo todo, estejam próximos ou distantes deles, bastando-lhes fixar suas visões no orixá que desejam focalizar visualmente.

Logo, não existe uma separação visual entre os nossos irmãos naturais e os seus regentes divinos, mesmo que estejam em outra dimensão.

Já o mesmo não ocorre conosco, os espíritos, pois a encarnação bloqueia nossa visão superior e o adormecimento de nossa memória nos impede de nos lembrarmos das divindades naturais e de como focalizá-las visualmente e mentalizá-las vibratoriamente.

Por isto a realidade religiosa dos seres naturais é superior à nossa e dispensa as nossas concepções abstratas acerca de Deus, das divindades e de como atuam em nossas vidas.

Conosco, a religiosidade tem de ser estimulada verbalmente, senão nosso sentido da fé vai se atrofiando. Já com eles, que absorvem as irradiações contínuas dos orixás irradiadores da fé e da religiosidade, isto não acontece em momento algum.

Mas têm um problema comum conosco: às vezes caem vibratoriamente quando se entregam à vivenciação de seus desejos, de seus instintos e de seus desequilíbrios emocionais. E não são pequenas essas quedas vibratórias. Quando caem vibratoriamente, afastam-se naturalmente do regente do nível onde se encontram e vão “descendo” a outros níveis, numa queda contínua que só termina quando chegam ao pólo magnético negativo da irradiação que os está sustentando.

Leia Também -   13 hábitos comuns de pessoas com espiritualidade elevada

Se um natural de Ogum começa a cair vibratoriamente por causa de uma das razões que citamos acima, dificilmente deixa de cair até o pólo magnético negativo da linha de forças irradiantes do mistério da Lei Divina.

E se, quando vivia sob a irradiação do pólo magnético positivo era irradiante e irradiador de vibrações ordenadoras e sustentadoras da ordem, no pólo magnético negativo torna-se absorvedor de energias negativas e assume uma única cor, comum a todos os que estão sob a irradiação de um pólo magnético negativo.

Quando isto acontece, nós chamamos estes seres de seres negativados, pois são intolerantes, irascíveis, violentos, perigosos, ensimesmados e refratários a qualquer contato.

Eles se isolam em si mesmos e se auto punem por terem falhado em alguns dos setes sentidos básicos. Sentem-se indignos dos regentes irradiantes e fogem deles assim que percebem suas aproximações. Muitos adentram nos níveis vibratórios afins da dimensão humana, no intuito de ocultarem-se da visão e da luz dos orixás. 

Dani Machado

Umbandista, espiritualista e simpatizante da Ufologia. Médium atuante e Dirigente da CAE Vovó Catarina e Caboclo Ventania - Terreiro de Umbanda situado em Jacareí - SP