A apometria é uma técnica de desdobramento espiritual induzido por energia mental. Trata-se de uma técnica anímica (do latim animus, psique), ou seja, que não depende da colaboração de entidades extra-físicas para sua utilização, mas que na prática em grupos de ajuda espiritual torna-se anímico-mediúnica, pois estes constantemente são assessorados por espíritos desencarnados.
O animismo nada mais é do que a utilização das faculdades do próprio espírito encarnado quando as amarras que o ligam ao corpo físico são afrouxadas, geralmente através do desdobramento ou do uso de alguma outra faculdade paranormal.
O “desdobramento” vem a ser o isolamento do corpo astral do corpo físico, denominado de períspirito por Kardec.
A apometria trabalha com o conceito oriental de que quando encarnados temos sete corpos (físico, etérico, astral, mental inferior e superior, búdibo e átmico) Entretanto, não há um consenso a respeito de as propriedades de cada corpo desses, especialmente no que tange aos corpos ditos superiores como mental superior, búdico e átmico. Na realidade dos corpos sutis pouco se sabe e na prática trabalhamos geralmente com o corpo astral (perispírito), que está intimamente enleado ao mental, então não vamos nos ocupar com os tais corpos superiores (mental superior, búdico e átmico).
Não há transe, catalepsia ou entorpecimento com perda da consciência no desdobramento apométrico, para isto é essencial o desacoplamento acentuado do duplo etérico do corpo físico. Toda a atividade na apometria é consciente. Geralmente há apenas um leve desencaixe do duplo etérico fornecendo ectoplasma.
Nem todo desdobramento significa projeção astral. O Plano Espiritual é o real condutor dos trabalhos. A projeção do corpo astral durante o sono físico difere da dinâmica apométrica e depende diretamente da sutilização do duplo etérico e do seu desacoplamento espontâneo para ter recordação.
As técnicas de apometria podem ser realizadas isoladamente
É extremamente árduo e só deve ser conduzida dessa configuração por um médium muito bem exercitado e com o apoio da espiritualidade, quando há uma necessidade inadiável de qualquer labor. Tirando isso, sua execução é exclusivamente indicada dentro de um grupo muito bem exercitado, com dirigentes experientes e com a mente aberta. Os médiuns devem ter o mínimo possível de brechas e todos, sem exceção, devem buscar uma terapia que possa ajuda-los a se harmonizar.
Apometria sofre muitos ataques dos partidários do submundo invisível e seus adeptos buscam a todo custo a obstrução do trabalho. Isso é feito através do alimento ao ego dos trabalhadores, o fascínio pela técnica, a sensação de poder que o uso das energias provoca, a distorção dos ensinamentos, o fundamentalismo religioso e de idéias, as brigas, a inveja, o ciúme, a vampirização de energia dos trabalhos e até mesmo a dissimulação de certas energias. Como exemplo para esta última, existe a possibilidade dos obsessores apresentarem-se como mestres espirituais e transmitirem orientações equivocadas sobre os procedimentos do grupo. Cabe aos dirigentes percebem o conteúdo dessas mensagens e orientar-se muito mais pela sua intuição, pois o ataque não é apenas energético, mas também de vestir a mentira com capa de verdade.
A APOMETRIA tem sido utilizada por muitos grupos como técnica eficiente em auxiliar nos processos obsessivos, já que em geral, as perturbações espirituais decorrem da ação de obsessores. Os espíritos obsessores – na verdade, espíritos infelizes – são afastados, recolhidos e conduzidos para hospitais espirituais, de acordo com seu padrão vibratório. O estado de emancipação da alma possibilita que os médiuns possam observar melhor as ligações obsessivas, as áreas do organismo perispiritual atingidas, entre outros fatores.