A atuação dos Orixás por Rubens Saraceni

Esta hipótese se mostra a mais lógica porque nós conhecemos as dimensões naturais e nelas não existe a criatividade humana, que transforma o meio onde vivemos, altera os nossos costumes, nossas culturas, nossos ideais… e até criamos religiões. Nas dimensões naturais não existem os nossos tão abstratos conceitos religiosos e nossas mirabolantes concepções sobre Deus.

O sentido da Fé vai conduzindo todos ao mesmo tempo, pois as vibrações dos orixás irradiadores de religiosidade são absorvidas por todos ao mesmo tempo. E quando um ser natural desenvolve o sentido da Fé até seu limite, assim como adquire a plena consciência, então se torna um irradiador natural da fé, semelhante ao seu orixá regente, que o amparou o tempo todo com suas intensas vibrações despertadoras dos sentimentos de amor, respeito e reverência para com o Divino Criador, e para com todas as criaturas, os seres e toda a criação divina.

Este processo evolutivo é contínuo e o chamamos de evolução natural. Porque o ser não tem sua memória adormecida em momento algum, desde que saiu do útero divino que o gerou. Ele não teve de reencarnar seguidas vezes e não se esqueceu de nenhuma de suas vivenciações, ocorridas nos três estágios anteriores da sua evolução.

E, se são semelhantes a nós já que o único diferenciador é o plasma cristalino que envolve nosso corpo energético, no entanto algo os distingue de nós, pois aos nossos olhos humanos eles são todos “iguais”.

Eles não reencarnam e não são diferenciados pelo corpo carnal, como acontece conosco, os seres espiritualizados.

Sim, porque se nascermos chineses, nossos espíritos mostrarão os traços característicos desta raça. E se nascermos negros ou louros, o mesmo acontecerá, ainda que essa membrana plasmática cristalina possa ser alterada mentalmente por nós, que assumiremos a aparência que desejarmos se dominarmos esse processo de alteração de nosso corpo plasmático.

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Os seres naturais não alteram suas aparências porque lhes falta este revestimento plasmático, e nem lhes ocorre assumirem outras aparências, pois consideram isto um recurso típico dos seres espiritualizados, que recorrem às aparências porque procuram iludir-se, já que estão aparentando alguém que não foram ou são, ou já foram e não são mais.

E as aparências plasmadas não resistem à penetrante visão deles, que nos vêem através de nossos corpos energéticos, nunca através do nosso corpo plasmático. A eles falta a criatividade e a ilusão, que são faculdades tipicamente humanas, já que só se desenvolvem no estagio humano da evolução.

No aspecto religioso, eles nominam Deus de Divino Criador e Senhor da Luz da Vida, e quando O invocam, fazem-no através de cantos mantrânicos, nunca num diálogo coloquial como nós fazemos.

Nós chamamos aos orixás por seus nomes humanos, tais como Ogum, Oxossi, Xangô, Yemanjá, etc. Mas eles só se dirigem a eles através de seus nomes mantrânicos ou divinos, que é a mesma coisa. 

Dani Machado

Umbandista, espiritualista e simpatizante da Ufologia. Médium atuante e Dirigente da CAE Vovó Catarina e Caboclo Ventania - Terreiro de Umbanda situado em Jacareí - SP